Patria (seriado)
Patria | |||||||
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Patria[1] (bra) | |||||||
Estados Unidos 1917 • p&b • 15 capítulos, 310 min | |||||||
Gênero | ação | ||||||
Direção | Leopold Wharton (capítulos 1-10) Theodore Wharton (capítulos 1-10) Jacques Jaccard (capítulos 11-15) | ||||||
Codireção | James Gordon | ||||||
Produção | Leopold Wharton Theodore Wharton William Randolph Hearst | ||||||
Roteiro | J.B. Clymer Charles W. Goddard Louis Joseph Vance | ||||||
Elenco | Irene Castle Milton Sills Warner Oland | ||||||
Cinematografia | Levi Bacon John K. Holbrook Ray June Lew Tree | ||||||
Direção de arte | E. Douglas Bingham Archer Chadwick | ||||||
Companhia(s) produtora(s) | Whartons Studio | ||||||
Distribuição | International Film Service Pathé Exchange | ||||||
Lançamento | 6 de janeiro de 1917 (première) 14 de janeiro de 1917 (estreia) | ||||||
Idioma | filme mudo intertítulos em inglês | ||||||
Orçamento | $90,000 aprox. | ||||||
Cronologia | |||||||
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Patria é um seriado estadunidense de 1917, em 15 capítulos, categoria ação, estrelado por Irene Castle, Milton Sills e Warner Oland, baseado no romance The Last of the Fighting Channings, de Louis Joseph Vance. “Patria” foi um seriado independente, financiado por William Randolph Hearst, na liderança para a entrada dos Estados Unidos na I Guerra Mundial. O filme, em sua forma original, continha um forte sentimento anti-nipônico, e foi investigado por uma Comissão do Senado. O enredo sugere que a recente Guerra Civil Mexicana foi fomentada por uma aliança profana entre os governos japonês e mexicano, com o propósito expresso de conquistar os Estados Unidos em nome do Japão.
Os capítulos 1, 2, 3, 4 e 10 estão preservados no Museum of Modern Art, em Nova Iorque.[2]
Considera-se que Patria seja a primeira personagem heroica a vestir a bandeira americana como parte de seu traje.[3] O seriado tem forte impacto nacionalista, e os títulos sugeridos nos demais países tendenciaram à observação dessa característica. O título dado ao seriado na Argentina, por exemplo, foi La Heroina de Nueva York.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Espiões do Japão conspiram para roubar a fortuna de Channing e invadir os Estados Unidos, começando por Nova York e, em seguida, aliando-se aos mexicanos através da fronteira. Eles são interrompidos pelos esforços da herdeira de fábrica de munições Patria Channing e pelo agente do U. S. Secret Service, Capitão Donald Parr.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Irene Castle … Patria Channing, a heroína do seriado (anunciada como "Mrs Vernon Castle"), e uma dançarina sósia no episódio 4, chamada Elaine
- Milton Sills … Capitão Donald Parr
- Warner Oland … Barão Huroki, o vilão
- Dorothy Green … Fanny Adair
- George Majeroni … Juan de Lima
- M.W. Rale … Kato
- Allan Murnane … Rodney Wrenn
- F.W. Stewart … Edouard
- Leroy Baker
- Floyd Buckley
- Nigel Barrie
- Charles Brinley
- George Lessey
- Wallace Beery … Pancho Vila
- Jack Holt
- Rodolfo Valentino … um dos dançarinos
Capítulos
[editar | editar código-fonte]Fonte:[4]
- The Last of the Fighting Channings
- Treasure
- Winged Millions
- Double-crossed
- The Island God Forgot
- Alias Nemesis
- Red Dawn
- Red Night
- Cat's Paw and Scapegoat
- War in the Dooryard
- Sunset Falls
- Peace on the Border
- The Wings of Death
- The Border Peril
- For the Flag
Produção
[editar | editar código-fonte]Patria foi financiado em cerca de $90,000 por William Randolph Hearst. A trama deixava implícito que os Estados Unidos em breve poderiam estar em guerra com o Japão, apesar de ele ser um aliado dos Estados Unidos na época. O enredo original envolveu uma operação de um espião japonês nos Estados Unidos em busca de ouro e munições.
O Presidente Thomas Woodrow Wilson questionou Hearst para modificar o seriado e remover material anti-nipônico. Como resultado, o nome de personagem de Warner Oland em cartazes foi mudado para “Manuel Morales” e o personagem foi mostrado mais frequentemente vestido com um terno, embora os demais personagens japoneses mantivessem seus quimonos nos primeiros episódios. A ação foi mudada também para a fronteira do México no episódio 11, o que torna a trama passível de erros; Pancho Villa não aparece no filme, Barão de Huroki e um novo personagem, General Nogi, continuam como adversários de Patria e o Capitão Parr leva Huroki ao suicídio no episódio 15.
O seriado foi baseado no romance The Last of the Fighting Channings, de Louis Joseph Vance.[2]
Jacques Jaccard dirigiu cenas na Califórnia, enquanto Leopold Wharton e Theodore Wharton dirigiram em Ithaca, Nova Iorque.[2]
Investigação no Senado
[editar | editar código-fonte]A produção foi investigada por uma "Comissão do Senado" como propaganda alemã após a I Guerra Mundial. Um propagandista alemão, cujos artigos tinham aparecido nos jornais de Hearst, havia escrito uma carta a Franz von Papen explicando o esquema para usar um filme para depreciar o Japão. Capitão G. C. Lester, da US Military Intelligence, testemunhou que “Patria” havia explorado a ideia que fora estabelecida nas instruções do propagandista.[5]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Notas e referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ MATTOS. A. C. Gomes de. Seriados Mudos Americanos e Europeus no Brasil I
- ↑ a b c «Patria (1916)». Silent Era: The Progressive Silent Film List. Consultado em 13 de outubro de 2008
- ↑ IMDB
- ↑ Library of Congress, p. 194
- ↑ Stedman, Raymond William. «2. The Perils of Success». Serials: Suspense and Drama By Installment. [S.l.]: University of Oklahoma Press. p. 40. ISBN 978-0-8061-0927-5