Robert Gates
Robert Gates | |
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22º Secretário de Defesa dos Estados Unidos | |
Período | 18 de dezembro de 2006 a 1 de julho de 2011 |
Presidente(s) | George W. Bush (2006–2009) Barack Obama (2009–2011) |
Antecessor(a) | Donald Rumsfeld |
Sucessor(a) | Leon Panetta |
15º Diretor da Central Intelligence | |
Período | 6 de novembro de 1991 a 20 de janeiro de 1993 |
Presidente | George H. W. Bush |
Antecessor(a) | William H. Webster |
Sucessor(a) | R. James Woolsey, Jr. |
Dados pessoais | |
Nome completo | Robert Michael Gates |
Nascimento | 25 de julho de 1943 (81 anos) Wichita, Kansas, Estados Unidos |
Progenitores | Mãe: Isabel Goss Pai: Melville A. Gates |
Alma mater | Faculdade de Guilherme e Maria Universidade de Indiana em Bloomington Universidade de Georgetown |
Esposa | Becky Gates (1967–presente) |
Filhos(as) | 2 |
Partido | Republicano |
Assinatura | |
Serviço militar | |
Serviço/ramo | Força Aérea dos Estados Unidos |
Anos de serviço | 1967–1969 |
Graduação | Segundo-tenente |
Robert Michael Gates (Wichita, 25 de setembro de 1943) foi o 22º Secretário de Defesa dos Estados Unidos. Gates foi nomeado Secretário de Defesa no dia 18 de dezembro de 2006, sucedendo a Donald Rumsfeld, e permaneceu no cargo até 1 de julho de 2011. Antes deste posto serviu 26 anos na Central Intelligence Agency (CIA) e na Assembleia Nacional de Segurança, e durante a administração do Presidente George H. W. Bush foi nomeado diretor da CIA. Fora antes presidente da Universidade A&M do Texas entre 2002 e 2006.[1]
Biografia
[editar | editar código-fonte]Robert Michael Gates nasceu em Wichita, Kansas; filho de Isabel e Melville Gates.[2] Gates alcançou o grau de Eagle Scout na Boy Scouts of America (BSA) e já adulto recebeu um prêmio honorário da organização.[3] Graduou-se pela Wichita High School East em 1961.[4] Gates também é membro da Order of Arrow, uma sociedade honorífica vinculada à BSA.
Gates, então, recebeu uma bolsa de estudos na Faculdade de William e Mary, graduando-se em 1965 em História. Na William & Mary, Gates foi membro ativo e presidente da Alpha Phi Omega dos Jovens Republicanos; também foi gerente de negócios da William and Mary Review, uma publicação de arte e literatura da instituição.
Gates graduou-se em História pela Universidade de Indiana em 1966. Completou seu Ph.D. em "História Rússia e Soviética" pela Universidade Georgetown em 1974. O título de sua dissertação em Georgetown é "Sinologia Soviética".
Carreira de inteligência
[editar | editar código-fonte]Ainda na Universidade de Indiana, Gates foi recrutado pela Agência Central de Inteligência (CIA) em 1966.[5] No ano seguinte, foi comissionado como segundo-tenente da Força Aérea após frequentar a Air Force Officer Training School ("Escola de Treinamento de Oficiais"), sob patrocínio da CIA.[6] De 1967 a 1969, serviu no Comando Aéreo Estratégico como oficial de inteligência, o qual incluiu um ano na Base Aérea de Whiteman, no Missouri.[7] Após concluir seu serviço militar, Gates foi reintegrado à CIA como analista.[8]
Gates se desligou da agência em 1974 para integrar o Conselho Nacional de Segurança. Retornou à CIA em 1979, servindo brevemente como diretor do Centro de Avaliação Estratégica. Foi, então, nomeado diretor do Staff Executivo do setor em 1981. Em 1986, Gates chegou à Vice-diretor da Inteligência Central, tendo permanecido no cargo até 1989.
Diretor da Inteligência Central
[editar | editar código-fonte]Gates foi Vice-assistente do Presidente em Assuntos de Segurança Interna, de março a agosto de 1989. E também assistente do Presidente e Vice-Conselheiro Nacional de Segurança de agosto a novembro de 1991. Neste período, Gates foi nomeado Diretor da Inteligência Central em 1987, porém retirou seu nome de votação por supor que o Senado vetaria por conta de sua participação no Caso Irã-Contras.
Em 1991, Gates foi novamente nomeado Diretor da Inteligência Central, desta vez pelo Presidente George H. W. Bush. Sua indicação foi confirmada pelo Senado em novembro do mesmo ano e Gates foi empossado no cargo poucos dias depois.
Secretário de Defesa (2006 - 2011)
[editar | editar código-fonte]Em 8 de novembro de 2006, após as eleições gerais, George W. Bush anunciou sua intenção de indicar Gates para assumir a Secretaria de Defesa, com a saída de Donald Rumsfeld.[9][10] Em dezembro de 2006, Gates foi confirmado unanimemente pelo Senado. Durante seu discurso de confirmação, Gates afirmou que os Estados Unidos 'não estavam ganhando nem perdendo com a Guerra no Iraque'.[11] No dia seguinte, Gates foi confirmado pelo Senado com margem de erro de 95-2, sendo que os senadores republicanos Rick Santorum e Jim Bunning derm os dois últimos votos restantes e os senadores Elizabeth Dole e Joe Biden não votaram.[12] Em 18 de dezembro de 2006, Gates foi investido como Secretário de Defesa pelo Chefe da Casa Branca Josh Bolten e posteriormente pelo Vice-presidente Dick Cheney no Pentágono.[13]
Presidência Obama
[editar | editar código-fonte]Em dezembro de 2008, o Presidente-eleito Barack Obama anunciou a permanência de Robert Gates no cargo de Secretário de Defesa durante seu governo, alegadamente pelo menos durante o primeiro ano do novo governo.[14] Gates foi o 14º secretário executivo estadunidense a servir em dois governos de partidos distintos, e o primeiro a servir nestas condições na pasta da Defesa. Uma das prioridades de Gates no Governo Obama foi uma revisão das estratégias políticas dos Estados Unidos no Afeganistão.[15] Gates, sendo o sexto na linha de sucessão presidencial, foi selecionada como "sobrevivente designado" durante a Posse presidencial de Obama.[16][17]
Enquanto deu prosseguimento à retirada das tropas do Iraque, que já haviam iniciado de fa(c)to no governo Bush, Gates também implantou um aumento imediato no efetivo americano no Afeganistão, a partir de 2009. Gates removeu o General David D. McKiernan do comando das operações no Afeganistão em maio de 2009 e o substituiu por Stanley A. McChrystal. O jornal The Washington Post chamou o ocorrido de "uma rara decisão".[18] Em dezembro de 2009, Gates visitou o país repentinamente após pronunciamento de Obama sobre o aumento do efetivo contra as tropas do Talibã.[19]
Segundo a revista Time, Gates mantinha uma "formidável parceria" com a Secretária de Estado Hillary Clinton, mantinham comunicação frequente e "comparavam anotações antes das reuniões na Casa Branca", encontrando-se semanalmente e almoçando juntos pelo menos uma vez por mês ou no Pentágono no na sede do Departamento de Estado.[20]
Em 2010, Gates anunciou que Departamento de Defesa iria rebaixar as restrições à mulheres servindo a bordo de submarinos.[21] Gates também anunciou estar preparando as Forças Armadas para rejeitarem a política "don't ask, don't tell". Desde o fim das restrições, homossexuais são aptos a servirem no ramo militar livremente.[22] Ainda com relação ao tema, Gates afirmou que novas regulamentações iriam dificultar a expulsão e perseguição de homossexuais dentro das Forças Armadas, chamando as reformas de "senso comum e decência comum" e afirmando que seriam "uma importante melhora".[23]
Durante o mandato de Gates, o Exército estadunidense capturou o terrorista Osama Bin Laden. Gates deixou o cargo oficialmente em 1 de julho de 2011 e recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade, a mais alta ordem honorífica dos Estados Unidos, pelo Presidente Obama.
Prêmios e condecorações
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ Biografia no United States Department of Defense.
- ↑ «Gates Genealogy». Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ «Distinguished Eagle Scout Award» (PDF). Boy Scouts of America. Consultado em 1 de julho de 2015. Arquivado do original (PDF) em 12 de março de 2016
- ↑ Shane, Scott (19 de novembro de 2006). «Pentagon Pick Returns to City He Gladly Left». The New York Times
- ↑ «Dr. Robert M. Gates». Departamento de Defesa dos Estados Unidos. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ «Secretary Gates Remarks at Maxwell-Gunter Air Force Base, Montgomery Alabama». Departamento de Defesa dos Estados Unidos. 21 de abril de 2008
- ↑ Powers, Thomas (20 de junho de 1996). «Who Won the Cold War?». New York Review of Books. Consultado em 1 de julho de 2015. Arquivado do original em 13 de setembro de 2005
- ↑ «Gates Report». AllGov. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ «Bush recebe futuro Secretário de Defesa, Robert Gates». G1. 5 de dezembro de 2006
- ↑ «Bush replaces Rumsfeld to get 'fresh perspective'». CNN News. 9 de novembro de 2006
- ↑ Garamone, Jim (6 de dezembro de 2006). «Senate Confirms Gates as 22nd Defense Secretary». Departamento de Defesa dos Estados Unidos
- ↑ AP (6 de dezembro de 2006). «Robert Gates confirmed as Secretary of Defense». NBC News. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ «US defence chief warns over Iraq». BBC Online. 19 de dezembro de 2006
- ↑ Reuters (8 de janeiro de 2010). «Gates permanecerá como secretário de Defesa dos EUA em 2010». Reuters Brasil. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ Fireman, Ken (2 de dezembro de 2008). «Gates Says Review of Afghanistan Policy Will Be 'High Priority'». Bloomberg. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ «Defense Secretary Gates to be 'designated successor' Tuesday». CNN.com. 19 de janeiro de 2009. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ «Gates passará cerimônia de posse de Obama em local não revelado». UOL Notícias. 19 de janeiro de 2009. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ Wilson, Scott (12 de maio de 2009). «Gen. McChrystal is dismissed as top U.S. commander in Afghanistan». Washington Post. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ «Robert Gates faz visita surpresa ao Afeganistão». Gazeta do Povo. 2 de setembro de 2010
- ↑ Rubin, Eizabeth (3 de fevereiro de 2010). «What Is Robert Gates Really Fighting For?». Time. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ «Women Allowed on Submarines». The New York Times. 30 de abril de 2010. Consultado em 1 de julho de 2015
- ↑ iG São Paulo (18 de dezembro de 2010). «Senado aprova revogação contra gays no exército americano». Último Segundo
- ↑ «Gates: Pentagon preparing repeal of 'don't ask, don't tell' policy». CNN.com. 2 de fevereiro de 2010
- ↑ «On final day as Defense Secretary, Obama honors Gates with Presidential Medal of Freedom». Washington Post. 30 de junho de 2011
- Nascidos em 1943
- Membros do gabinete do presidente Barack Obama
- Naturais de Wichita (Kansas)
- Membros do Partido Republicano (Estados Unidos)
- Secretários de Defesa dos Estados Unidos
- Oficiais da Força Aérea dos Estados Unidos
- Diretores da CIA
- Chanceleres do College of William & Mary
- Caso Irã-Contras
- Medalha Presidencial da Liberdade