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'''''Cracker''''' ([[Aportuguesamento|aportuguesado]] como '''cráquer'''),<ref>''Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras''. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 375.</ref> ou '''ciberpirata,'''<ref>{{Citar web |url=http://michaelis.uol.com.br/moderno-portugues/busca/portugues-brasileiro/ciberpirata/v |titulo=Ciberpirata |acessodata=2020-09-12 |website=Michaelis On-Line |lingua=pt-br}}</ref> é o termo usado para designar o indivíduo com grande conhecimento de informática que pratica a quebra (ou ''cracking'') de um [[Segurança da informação|sistema de segurança]] de forma ilegal ([[crime informático]]) ou a quebra sem [[ética]].<ref>{{Citar web|url=https://www.dicio.com.br/cracker/|titulo=Cracker|acessodata=2024-01-16|website=Dicio, Dicionário Online de Português|lingua=pt-br}}</ref> Este termo foi criado em [[1985]] por ''[[hacker]]s'' em defesa contra o uso jornalístico pejorativo do termo "''hacker''", que reflete a forte revolta destes contra o [[roubo]] e o [[vandalismo]] praticados pelos ''crackers''. O sentido pejorativo do ''hacker'' ainda persiste entre o [[Leigo|público leigo]].<ref name=":0">{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=JCXbDgAAQBAJ&lpg=PA582&dq=hacker%20criminoso&pg=PA582#v=onepage&q&f=false|título=Exploração de Vulnerabilidades em Redes TCP/IP - 3ª Edição Revisada e Ampliada|ultimo=Melo|primeiro=Sandro|data=2017-03-29|editora=Alta Books|lingua=pt}}</ref> |
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'''''Cracker''''' [cráquer]<ref>''Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras''. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 375.</ref> é o termo usado para designar o indivíduo que pratica a quebra (ou ''cracking'') de um [[Segurança da informação|sistema de segurança]] de forma ilegal ou sem [[ética]]. Este termo foi criado em [[1985]] por ''[[hacker]]s'' em defesa contra o uso jornalístico pejorativo do termo "''hacker''". A criação do termo pelos ''hackers'' reflete a forte revolta destes contra o [[roubo]] e o [[vandalismo]] praticados pelos ''crackers''. |
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== Etimologia == |
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"''Cracker''' é um termo da [[língua inglesa]] que significa "aquele que quebra": no caso, aquele que quebra os sistemas de segurança informáticos. |
"''Cracker''' é um termo da [[língua inglesa]] que significa "aquele que quebra": no caso, adaptado para aquele que quebra os sistemas de segurança informáticos. São, em geral, muito confundidos com os ''hackers''. |
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== Classificação == |
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Tipos de ''Crackers'': |
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# ''Crackers'' de [[criptografia]]: termo usado para designar aqueles que se dedicam à quebra de criptografia (''cracking codes''). Tal procedimento pode ser executado tanto com lápis e papel bem como com uso de computadores: tudo depende da fonte do problema a ser solucionado. |
# ''Crackers'' de [[criptografia]]: termo usado para designar aqueles que se dedicam à quebra de criptografia (''cracking codes''). Tal procedimento pode ser executado tanto com lápis e papel bem como com uso de computadores: tudo depende da fonte do problema a ser solucionado. |
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# ''Crackers'' de ''[[softwares]]'': termo usado para designar [[programador]]es e [[decodificador]]es que fazem [[engenharia reversa]] de um determinado [[Programa de computador|programa]], ou seja, que alteram o conteúdo de um determinado programa pra fazê-lo funcionar de forma incorreta. Muitos ''crackers'' alteram datas de expiração de um determinado programa |
# ''Crackers'' de ''[[softwares]]'': termo usado para designar [[programador]]es e [[decodificador]]es que fazem [[engenharia reversa]] de um determinado [[Programa de computador|programa]], ou seja, que alteram o conteúdo de um determinado programa pra fazê-lo funcionar de forma incorreta. Muitos ''crackers'' alteram datas de expiração de um determinado programa para fazê-lo funcionar por mais de 30 dias, ou seja, modificam o modo ''trial'' para utilizá-lo como se fosse uma cópia legítima, ou fazem um desvio interno na rotina de registro do programa para que ele passe a aceitar quaisquer seriais: tais ''softwares'' alterados são conhecidos como ''[[warez]]''. |
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# Desenvolvedores de [[Vírus de computador|vírus]], ''[[worm]]s'', ''[[trojan]]s'' e outros ''[[malware]]s'': programadores que criam pequenos ''softwares'' que causam danos ao usuário. |
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'''Pichadores digitais''': agem principalmente com o objetivo de serem reconhecidos. Desejam tornar-se famosos no universo ''cyberpunk'' e, para tanto, alteram páginas da internet, num comportamento muito semelhante aos [[Pichação|pichadores]] de muro, deixando sempre assinados seus [[pseudônimo]]s. Alguns deixam mensagens de conteúdo político, o que não deve ser confundido com o [[ciberterrorismo]]. Um dos maiores e mais conhecidos grupos de pichadores digitais é o .[[Anonymous]]. |
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'''Revanchista''': funcionário ou ex-funcionário de alguma empresa que, por qualquer motivo, resolve sabotá-la com objetivo claro de vingança. Geralmente, trabalharam no setor de informática da empresa, o que facilita enormemente seu trabalho, já que estão bem informados das vulnerabilidades do sistema. |
'''Revanchista''': funcionário ou ex-funcionário de alguma empresa que, por qualquer motivo, resolve sabotá-la com objetivo claro de vingança. Geralmente, trabalharam no setor de informática da empresa, o que facilita enormemente seu trabalho, já que estão bem informados das vulnerabilidades do sistema. |
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'''Estelionatários''': também com objetivos financeiros, em geral, procuram adquirir números de [[Cartão de crédito|cartões de créditos]] armazenados em grandes ''sites'' comerciais. Geralmente, utilizam uma técnica chamada "''Phishing Scam''", enviando, por ''e-mail'', um programa que é executado por algum usuário, tendo, assim, acesso às suas informações. |
'''Estelionatários''': também com objetivos financeiros, em geral, procuram adquirir números de [[Cartão de crédito|cartões de créditos]] armazenados em grandes ''sites'' comerciais. Geralmente, utilizam uma técnica chamada "''Phishing Scam''", enviando, por ''e-mail'', um programa que é executado por algum usuário, tendo, assim, acesso às suas informações. |
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O ato de quebrar a segurança de um sistema, muitas vezes, exige |
O ato de quebrar a segurança de um sistema, muitas vezes, exige conhecimento e brilhantismo para explorar ([[Exploit (segurança de computadores)|exploitar]]) as vulnerabilidades conhecidas do sistema alvo.<ref name=":0" /> Entretanto, alguns, 'erroneamente' definidos como ''crackers'', utilizam-se de soluções conhecidas para problemas recorrentes em sistemas vulneráveis, copiando assim ou explorando falhas descobertas por outros sem qualquer esforço. |
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* ''[http://www.tuliovianna.org/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=48 Fundamentos de Direito Penal Informático]''. Rio de Janeiro: Forense, 2003. ISBN 85-309-1619-0 |
* ''[http://www.tuliovianna.org/index.php?option=com_content&task=view&id=18&Itemid=48 Fundamentos de Direito Penal Informático]''. Rio de Janeiro: Forense, 2003. ISBN 85-309-1619-0 |
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* [http://www.segurancadainformacao.com A Segurança da Informação e Sua Importância Para o Sucesso das Organizações]. Rio de Janeiro: Kirios, 2004. ISBN 85-904348-1-8 |
* [http://www.segurancadainformacao.com A Segurança da Informação e Sua Importância Para o Sucesso das Organizações]. Rio de Janeiro: Kirios, 2004. ISBN 85-904348-1-8 |
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* [http://tuliovianna.org/?static=/textos/hackers.html ''Hackers'': um estudo criminológico da subcultura ''cyberpunk''.]In CERQUEIRA, Tarcísio Queiroz, IRIARTE, Erick, PINTO, Márcio Morena (Coords.). Informática e Internet: aspectos legais internacionais. Rio de Janeiro: Esplanada, 2001. p. 173-190. |
* [http://tuliovianna.org/?static=/textos/hackers.html ''Hackers'': um estudo criminológico da subcultura ''cyberpunk''.]In CERQUEIRA, Tarcísio Queiroz, IRIARTE, Erick, PINTO, Márcio Morena (Coords.). Informática e Internet: aspectos legais internacionais. Rio de Janeiro: Esplanada, 2001. p. 173-190. |
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*[https://4hatday.com/forum/index.php 4HatDay] Fórum de discussão, tutoriais, dicas e treinamentos do tema Hacking Ético em geral. |
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Cracker (aportuguesado como cráquer),[1] ou ciberpirata,[2] é o termo usado para designar o indivíduo com grande conhecimento de informática que pratica a quebra (ou cracking) de um sistema de segurança de forma ilegal (crime informático) ou a quebra sem ética.[3] Este termo foi criado em 1985 por hackers em defesa contra o uso jornalístico pejorativo do termo "hacker", que reflete a forte revolta destes contra o roubo e o vandalismo praticados pelos crackers. O sentido pejorativo do hacker ainda persiste entre o público leigo.[4]
Etimologia
[editar | editar código-fonte]"Cracker' é um termo da língua inglesa que significa "aquele que quebra": no caso, adaptado para aquele que quebra os sistemas de segurança informáticos. São, em geral, muito confundidos com os hackers.
Classificação
[editar | editar código-fonte]Tipos de Crackers:
- Crackers de criptografia: termo usado para designar aqueles que se dedicam à quebra de criptografia (cracking codes). Tal procedimento pode ser executado tanto com lápis e papel bem como com uso de computadores: tudo depende da fonte do problema a ser solucionado.
- Crackers de softwares: termo usado para designar programadores e decodificadores que fazem engenharia reversa de um determinado programa, ou seja, que alteram o conteúdo de um determinado programa pra fazê-lo funcionar de forma incorreta. Muitos crackers alteram datas de expiração de um determinado programa para fazê-lo funcionar por mais de 30 dias, ou seja, modificam o modo trial para utilizá-lo como se fosse uma cópia legítima, ou fazem um desvio interno na rotina de registro do programa para que ele passe a aceitar quaisquer seriais: tais softwares alterados são conhecidos como warez.
- Desenvolvedores de vírus, worms, trojans e outros malwares: programadores que criam pequenos softwares que causam danos ao usuário.
Definições
[editar | editar código-fonte]Crackers são confundidos com (ou também realizam uma atividade ilegal semelhnate à):
Pichadores digitais: agem principalmente com o objetivo de serem reconhecidos. Desejam tornar-se famosos no universo cyberpunk e, para tanto, alteram páginas da internet, num comportamento muito semelhante aos pichadores de muro, deixando sempre assinados seus pseudônimos. Alguns deixam mensagens de conteúdo político, o que não deve ser confundido com o ciberterrorismo. Um dos maiores e mais conhecidos grupos de pichadores digitais é o .Anonymous.
Revanchista: funcionário ou ex-funcionário de alguma empresa que, por qualquer motivo, resolve sabotá-la com objetivo claro de vingança. Geralmente, trabalharam no setor de informática da empresa, o que facilita enormemente seu trabalho, já que estão bem informados das vulnerabilidades do sistema.
Vândalos: agem pelo simples prazer de causar danos à vítima. Este dano pode consistir na simples queda do servidor (deixando a máquina momentaneamente desconectada da Internet) ou até mesmo a destruição total dos dados armazenados.
Espiões: agem para adquirirem informações confidenciais armazenados no computador da vítima. Os dados podem ter conteúdo comercial (uma fórmula de um produto químico, por exemplo), político (e-mails entre consulados) ou militar (programas militares).
Ciberterroristas: são terroristas digitais. Suas motivações são, em geral políticas, e suas armas são muitas, desde o furto de informações confidenciais até a queda do sistema telefônico local ou outras ações do gênero.
Ladrões: têm objetivos financeiros claros e, em regra, atacam bancos com a finalidade de desviar dinheiro para suas contas.
Estelionatários: também com objetivos financeiros, em geral, procuram adquirir números de cartões de créditos armazenados em grandes sites comerciais. Geralmente, utilizam uma técnica chamada "Phishing Scam", enviando, por e-mail, um programa que é executado por algum usuário, tendo, assim, acesso às suas informações.
Cracking
[editar | editar código-fonte]O ato de quebrar a segurança de um sistema, muitas vezes, exige conhecimento e brilhantismo para explorar (exploitar) as vulnerabilidades conhecidas do sistema alvo.[4] Entretanto, alguns, 'erroneamente' definidos como crackers, utilizam-se de soluções conhecidas para problemas recorrentes em sistemas vulneráveis, copiando assim ou explorando falhas descobertas por outros sem qualquer esforço.
Referências
- ↑ Dicionário escolar da língua portuguesa/Academia Brasileira de Letras. 2ª edição. São Paulo. Companhia Editora Nacional. 2008. p. 375.
- ↑ «Ciberpirata». Michaelis On-Line. Consultado em 12 de setembro de 2020
- ↑ «Cracker». Dicio, Dicionário Online de Português. Consultado em 16 de janeiro de 2024
- ↑ a b Melo, Sandro (29 de março de 2017). Exploração de Vulnerabilidades em Redes TCP/IP - 3ª Edição Revisada e Ampliada. [S.l.]: Alta Books
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Fundamentos de Direito Penal Informático. Rio de Janeiro: Forense, 2003. ISBN 85-309-1619-0
- A Segurança da Informação e Sua Importância Para o Sucesso das Organizações. Rio de Janeiro: Kirios, 2004. ISBN 85-904348-1-8
- Hackers: um estudo criminológico da subcultura cyberpunk.In CERQUEIRA, Tarcísio Queiroz, IRIARTE, Erick, PINTO, Márcio Morena (Coords.). Informática e Internet: aspectos legais internacionais. Rio de Janeiro: Esplanada, 2001. p. 173-190.
- 4HatDay Fórum de discussão, tutoriais, dicas e treinamentos do tema Hacking Ético em geral.